sexta-feira, 25 de junho de 2010

Peregrinação a Santiago de Compostela

As Paróquia de Luso e Pampilhosa rumaram, nos dias 19 e 20 de Junho, a Santiago de Compostela. Eram claros os objectivos desta Peregrinação: «encerrar, com alegria, o Ano Sacerdotal, ano em que todos fomos convidados a fazer oferta de nós próprios a Deus, por Jesus Cristo, e de todo o nosso agir, vivendo mais conscientemente a nossa vocação de baptizados, pois que pelo baptismo fomos configurados com Cristo Profeta, Sacerdote e Rei; celebrar o Ano Santo Jacobeu, vivendo uma maior confiança em Deus, na prática da justiça e da solidariedade e numa sincera conversão de coração; partilhar a experiência de encontro humano e criar laços de fraternidade mais fortes e profundos entre os membros de cada Comunidade Paroquial, bem como entre Comunidades que são servidas por um mesmo pastor; aproveitar as riquezas históricas, arquitectónicas, naturais e espirituais a visitar, de modo a que a experiência de viagem se tornasse fonte de enriquecimento pessoal - humano, cultural e espiritual».
Podemos dizer que estes objectivos foram claramente alcançados, permitindo uma vivência profunda da fé, da comunhão fraterna e da alegria, conscientes que só assim tem sentido peregrinarmos, não apenas aos grandes centros de peregrinação, mas, essencialmente, ao que eles significam - a casa do Pai, enquanto meta de toda a vida da Igreja. Neste sentido, passar a «Porta Santa», conscientes das palavras de Jesus: «Eu sou a porta, se alguém passar por mim, será salvo» (Jo. 10, 9), não se cingiu meramente a um acto simbólico-cultural, mas assumiu o cariz de significativo convite à conversão pessoal e eclesial. Peregrinar, nestes tempos, a Santiago, torna-se, ainda que em novos moldes, uma experiência igualmente rica de profundo significado espiritual, à semelhança de outras épocas.

quarta-feira, 2 de junho de 2010




Acto de Confiança e Consagração dos Sacerdotes ao Imaculado Coração de Maria


Oração do Papa Bento XVI

Igreja da Santíssima Trindade - Fátima
Quarta-feira, 12 de Maio de 2010

Mãe Imaculada,
neste lugar de graça,
convocados pelo amor do vosso Filho Jesus,
Sumo e Eterno Sacerdote, nós,
filhos no Filho e seus sacerdotes,
consagramo-nos ao vosso Coração materno,
para cumprirmos fielmente a Vontade do Pai.

Estamos cientes de que, sem Jesus,
nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15, 5)
e de que, só por Ele, com Ele e n’Ele,
seremos para o mundo
instrumentos de salvação.

Esposa do Espírito Santo,
alcançai-nos o dom inestimável
da transformação em Cristo.
Com a mesma força do Espírito que,
estendendo sobre Vós a sua sombra,
Vos tornou Mãe do Salvador,
ajudai-nos para que Cristo, vosso Filho,
nasça em nós também.

E assim possa a Igreja
ser renovada por santos sacerdotes,
transfigurados pela graça d'Aquele
que faz novas todas as coisas.

Mãe de Misericórdia,
foi o vosso Filho Jesus que nos chamou
para nos tornarmos como Ele:
luz do mundo e sal da terra
(cf. Mt 5, 13-14).

Ajudai-nos,
com a vossa poderosa intercessão,
a não esmorecer nesta sublime vocação,
nem ceder aos nossos egoísmos,
às lisonjas do mundo
e às sugestões do Maligno.

Preservai-nos com a vossa pureza,
resguardai-nos com a vossa humildade
e envolvei-nos com o vosso amor materno,
que se reflecte em tantas almas
que Vos são consagradas
e se tornaram para nós
verdadeiras mães espirituais.

Mãe da Igreja,
nós, sacerdotes,
queremos ser pastores
que não se apascentam a si mesmos,
mas se oferecem a Deus pelos irmãos,
nisto mesmo encontrando a sua felicidade.
Queremos,
não só por palavras mas com a própria vida,
repetir humildemente, dia após dia,
o nosso « eis-me aqui».

Guiados por Vós,
queremos ser Apóstolos
da Misericórdia Divina,
felizes por celebrar cada dia
o Santo Sacrifício do Altar
e oferecer a quantos no-lo peçam
o sacramento da Reconciliação.

Advogada e Medianeira da graça,
Vós que estais totalmente imersa
na única mediação universal de Cristo,
solicitai a Deus, para nós,
um coração completamente renovado,
que ame a Deus com todas as suas forças
e sirva a humanidade como o fizestes Vós.

Repeti ao Senhor aquela
vossa palavra eficaz:
« não têm vinho » (Jo 2, 3),
para que o Pai e o Filho derramem sobre nós,
como que numa nova efusão,
o Espírito Santo.

Cheio de enlevo e gratidão
pela vossa contínua presença no meio de nós,
em nome de todos os sacerdotes quero,
também eu, exclamar:
« Donde me é dado que venha ter comigo
a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).

Mãe nossa desde sempre,
não Vos canseis de nos visitar,
consolar, amparar.
Vinde em nosso socorro
e livrai-nos de todo o perigo
que grava sobre nós.
Com este acto de entrega e consagração,
queremos acolher-Vos de modo
mais profundo e radical,
para sempre e totalmente,
na nossa vida humana e sacerdotal.

Que a vossa presença faça reflorescer o deserto
das nossas solidões e brilhar o sol
sobre as nossas trevas,
faça voltar a calma depois da tempestade,
para que todo o homem veja a salvação
do Senhor,
que tem o nome e o rosto de Jesus,
reflectida nos nossos corações,
para sempre unidos ao vosso!

Assim seja!



Papa Bento XVI em Fátima



ORAÇÃO A NOSSA SENHORA


Senhora Nossa
e Mãe de todos os homens e mulheres,
aqui estou como um filho
que vem visitar sua Mãe
e o faz na companhia
de uma multidão de irmãos e irmãs.
Como sucessor de Pedro,
a quem foi confiada a missão
de presidir ao serviço
da caridade na Igreja de Cristo
e de confirmar a todos na fé
e na esperança,
quero apresentar ao vosso
Coração Imaculado
as alegrias e esperanças
e também os problemas e as dores
de cada um destes vossos filhos e filhas,
que se encontram na Cova da Iria
ou nos acompanham de longe.
Mãe amabilíssima,
Vós conheceis cada um pelo seu nome,
com o seu rosto e a sua história,
e a todos quereis com
a benevolência maternal
que brota do próprio coração de Deus Amor.
A todos confio e consagro a Vós,
Maria Santíssima,
Mãe de Deus e nossa Mãe.
O Venerável Papa João Paulo II,
que Vos visitou três vezes, aqui em Fátima,
e agradeceu a «mão invisível »
que o libertou da morte
no atentado de treze de Maio,
na Praça de São Pedro, há quase trinta anos,
quis oferecer ao Santuário de Fátima
uma bala que o feriu gravemente
e foi posta na vossa coroa de Rainha da Paz.
É profundamente consolador
saber que estais coroada
não só com a prata
e o oiro das nossas alegrias e esperanças,
mas também com a bala
das nossas preocupações e sofrimentos.
Agradeço, Mãe querida,
as orações e os sacrifícios
que os Pastorinhos
de Fátima faziam pelo Papa,
levados pelos sentimentos
que lhes infundistes nas aparições.
Agradeço também todos aqueles que,
em cada dia,
rezam pelo Sucessor de Pedro
e pelas sua intenções,
para que o Papa seja forte na fé,
audaz na esperança e zeloso no amor.
Mãe querida de todos nós,
entrego aqui no vosso Santuário de Fátima,
a Rosa de Oiro
que trouxe de Roma,
como homenagem de gratidão do Papa
pelas maravilhas que o Omnipotente
tem realizado por Vós
no coração de tantos que peregrinam
a esta vossa casa maternal.
Estou certo que os Pastorinhos de Fátima,
os Beatos Francisco e Jacinta
e a Serva de Deus Lúcia de Jesus
nos acompanham nesta hora de prece
e de júbilo.