segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PROGRAMA PASTORAL 2012 - 2013



PROGRAMA PASTORAL
2012 /2013

«ESTA É A NOSSA FÉ!»
 

INTRODUÇÃO

O presente ano pastoral de 2012/2013 terá como tema aglutinador a expressão:

«ESTA É A NOSSA FÉ!»


  Com a Carta Apostólica Porta Fidei, o Papa Bento XVI convocou um ANO DA FÉ. Este iniciou-se no passado dia 11 de Outubro, durante o Sínodo dos Bispos do mundo inteiro, em Roma, com o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, data que comemorou o 50º aniversário do início do Concílio Vaticano II, e que terminará em 24 de Novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. Coincidindo ainda, este mesmo ano, com o 20º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

   Com o ANO DA FÉ, o Papa pretende colocar no centro da atenção de toda a Igreja, espalhada pelo mundo, aquilo que, desde o início do seu Pontificado, é um pensamento constante: o encontro com Jesus Cristo e a beleza da fé n’Ele. (In Programa Pastoral do Secretariado Diocesano da Evangelização e Catequese).

Tomámos, ainda, o capítulo III da Carta Pastoral do Bispo Diocesano para este mesmo ano, como fundamentação para o nosso programa pastoral.

 
DESCOBRIR NOVAMENTE OS CONTEÚDOS DA FÉ PROFESSADA, CELEBRADA, VIVIDA E REZADA (BENTO XVI, Carta Apostólica A Porta da Fé, 9).
 
1. A fé que professamos


O Ano da Fé constitui uma ocasião privilegiada para que a Igreja confesse a sua fé com renovado vigor e com uma consciência mais viva.

As comunidades cristãs e os crentes em geral conhecem pouco ou de forma muito superficial, o conteúdo da fé cristã e da doutrina da Igreja. Falta frequentemente aos cristãos a capacidade de enunciar e explicar tanto para si mesmos como para os outros as verdades fundamentais do Credo, fruto de uma catequese mais voltada para a adesão pessoal e a experiência comunitária do que para a aquisição de conceitos; outras vezes, fruto de uma doutrinação baseada na memorização, falta a compreensão dos diferentes artigos da fé que se repetem de memória sem que se conheça o seu alcance e significado.

A reflexão e o estudo do Credo, em ordem a uma melhor inteligência da fé, deverá ocupar parte importante das ações a desenvolver durante este ano. Grande ajuda dará a leitura e o estudo do Catecismo da Igreja Católica, publicado há vinte anos, tanto a nível individual como familiar e comunitário.

A leitura e o estudo dos Documentos do Concílio Vaticano II, particularmente das quatro Constituições, será uma ajuda para a compreensão do que é a Igreja e de qual a sua missão no mundo. Cinquenta anos depois do seu início, o Concílio continua a revelar-se como um acontecimento ímpar, como um dom inestimável do Espírito Santo e como fonte da tão desejada renovação da Igreja.

1.1. Atividades


·        Reflexão das 15 catequeses propostas pela diocese.

·        Caminhada semanal inspirada na liturgia dominical.

·        Retiro de jovens adultos: crentes e não crentes.

·        Reimpressão do caderno “Verdades e fundamentos da nossa fé”.

·        Disponibilizar a pagela do Credo e Símbolos dos Apóstolos aos paroquianos.

·        Valorizar a catequese de adultos como aprofundamento da fé e preparação para os sacramentos.

·        Disponibilizar algumas publicações de aprofundamento da fé.


2. A fé que celebramos

O Ano da Fé “será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força» (Sacrosanctum Concilium, 10)” (Carta Apostólica A Porta da Fé, 9).

De facto, a celebração semanal da Eucaristia precisa de ser continuamente valorizada como a grande escola da fé da comunidade cristã. Ela deve constituir um marco fundamental da celebração do domingo e ser cuidada em todos os seus aspetos, com a colaboração estreita de todos os que nela desempenham algum serviço: leitores, cantores, acólitos, ministros extraordinários da comunhão.

O Ano da Fé deverá constituir uma oportunidade para se incentivar a formação de todos os que colaboram ativamente na celebração da liturgia dominical. Levará também os sacerdotes e diáconos a investir ainda mais na preparação pessoal e comunitária das celebrações, de modo que elas se tornem melhor expressão da fé.


2.1. Atividades


·        Cuidar da celebração eucarística: formação de acólitos, formação de leitores, renovação dos ministérios.

·        Fazer a profissão de fé (Símbolos dos Apóstolos) em algumas missas feriais e em celebrações exequiais.

·        Revalorizar o sacramento da penitência.

·        Celebrar, em comunidade, o sacramento da Santa Unção, na Quaresma.

·        Aprofundar os conteúdos da fé nas celebrações exequiais (Exéquias e missas de 7º dia).

·        Celebrar a hora de Vésperas em conjunto, nos tempos litúrgicos do Advento e Quaresma.

·        Efetuar um concerto de música quaresmal, como meio privilegiado para a compreensão da importância da música litúrgica para a celebração da fé.


3. A fé que vivemos
 

A fé cristã é adesão a Jesus Cristo e à sua Boa Nova, que tem consequências na vida dos crentes. Ela seria estéril se não fosse transformadora da realidade do mundo e da sociedade a que somos enviados, ou então, como diz a Epístola de S. Tiago, “... a fé, se ela não tiver obras, está completamente morta” (Tg 2, 17); “mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé” (Tg 2, 18).

“Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades (...) confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados” (BENTO XVI, Carta Apostólica A Porta da Fé, 13).

O Ano da Fé levará os cristãos a uma mais efetiva presença nas diversas realidades humanas, a um maior empenho na transformação da sociedade e da cultura, à luz da novidade do Evangelho assimilado e vivido.

Como recorda o Papa, “o Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade”, pois “a fé sem a caridade não dá fruto, e a fé sem a caridade seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida” (BENTO XVI, Carta Apostólica A Porta da Fé, 14).

 
3.1. Atividades

 
·        Incrementar o serviço de ação sócio caritativa, atendendo às novas formas de pobreza.

·        Realizar campanhas de partilha no Advento e na Quaresma, bem como outras a propor às comunidades paroquiais.

·        Incentivar os cristãos a visitarem doentes e dinamizarem grupos de atendimento fraterno.

·        Revalorizar o contributo penitencial, em conformidade com as indicações diocesanas.

·        Fazer uma ação de formação, para as comunidades paroquiais, sobre a Constituição Pastoral Gaudium et Spes.


4. A fé que rezamos
 

A oração faz parte integrante da vida do cristão, enquanto meio de fortalecimento da fé e da comunhão com Deus, de tal modo que Jesus ensinou os seus discípulos a rezar e incentivou-os a orar para não caírem em tentação (cf. Lc 22, 46).

A tradição da Igreja ensina que a oração exprime a fé e que, ao mesmo tempo, a alimenta.

O Ano da Fé constitui uma oportunidade para que implementemos hábitos de oração tanto a nível individual, como familiar e comunitário.


4.1. Atividades

 
·         Promover a oração familiar, nomeadamente no âmbito da catequese paroquial, usando como recurso o guião proposto pela Diocese.

·         Realizar semanalmente a Adoração Eucarística.

·        Valorizar as vigílias que se realizam habitualmente nas paróquias.

·        Incentivar cada cristão à oração pessoal – rezar o Credo algumas vezes na semana (se possível diariamente).

 
 
NOTA: Para além de todas as atividades indicadas, participaremos nas ações a dinamizar pela Igreja Diocesana. De igual modo, integram este programa todas as ações dos diversos organismos, movimentos ou serviços paroquiais, cuja programação foi já apresentada sectorialmente.

O texto de fundamentação (a azul) é retirado da Carta Pastoral do nosso Bispo: Ano da Fé - A alegria de crer e o entusiasmo de comunicar a fé. Coimbra, 15 de Agosto de 2012.

Luso - Pampilhosa, 26 de Novembro de 2012
Pe. Carlos Alberto da Graça Godinho
Pároco

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